sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

hello, lovers!


'dizem que nada dura para sempre...
sonhos mudam, trens vão e voltam,
mas a amizade nunca sai de moda'

BUSHNELL, Candace
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Há quem diga que amizade entre mulheres não é verdadeira em hipótese alguma. E ainda existem tolos que acreditam piamente nisso. Eu penso que todo mundo deveria ter um grupinho de amigas (inclusive os super machões que acreditam ser os únicos e absolutos provedores de tudo no universo). Eu mesma tenho um (ou talvez mais) e adoro. É bem verdade que nos encontramos com bem menos freqüência do que gostaríamos... Acho ainda que, apesar da essência peculiarmente feminina, cada grupinho de amigas revela uma particularidade.

O incrível do meu ‘girl power’, por exemplo, é justamente não ter uma diretriz de estilo definida. Religiões distintas (incluindo aí também a falta de qualquer que seja), tribos diferentes, gosto musical que vai do pagode até o eruditismo da música clássica dão o tom perfeito da nossa melodia. Apesar de ter a absoluta certeza de que a diferença também nos une, é nas afinidades que podemos encontrar lembranças épicas e risadas impagáveis.

Eu sempre evitei rótulos, ainda mais quando estava atrelado à irritante ideologia do ‘coisa de mulherzinha’. Acontece que eu acabei descobrindo o seguinte: aquilo que mais tememos pode ser o que mais nos aproxima de quem amamos. A tara por sapatos, a loucura por bolsas e a devoção obscura por doces vão tecendo longas e resistentes linhas que, ao longo do tempo, se entrelaçam por entre os jantares mensais na casa de uma, na corrida frenética pela esteira da academia onde duas ou três se juntam a fim de fazer valer o projeto ‘xô maiô’ neste verão (que, na realidade, não passa de uma tentativa de ficarem um pouco mais próximas), tentam aliviar um pouco a saudade e o tempo perdido de quem ficou mais de cinco anos sem se ver ou sequer trocar algumas palavras; e ilumina ainda mais o sorriso das que torceram incessantemente pra que esta insanidade tivesse logo fim, dos telefonemas que rendem longas conversas sobre tudo, horas de conversas virtuais sobre nada ou ainda um simples recado que servirá para escolher o menu do reencontro.

As sugestões são: comemorar a compra da primeira casa dela, vibrar com o anúncio da data do casamento, boas gargalhadas e – pra não perder o costume – fazer planos onde todas estejamos incluídas.

Até breve e bom apetite!

2 comentários:

  1. Palavras que ficam na memória, escondidas no coração...coisas que só alguém que já passou bons e maus pedaços com vc sabe a seu respeito!
    Amigas são presentes!!!

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  2. Que delícia de texto. Acho que momentos "mulherzinhas" tem que ser vividos constantemente. Nos remete a nossa versátil essência.

    As diferenças nos unem e isso é muito legal quando respeitado. Também, não deixa de ser um aprendizado.

    Essência de ser mulher e gostar de todas as suas faces.

    Que vocês se reunam sempre e inspirem outras, digo eu mesma, a fazer o mesmo.

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