terça-feira, 30 de agosto de 2011

por favor, pare agora!

'Vivemos numa época de intenso movimento. Voltados sempre para fora e cada vez com mais pressa, ninguém tem tempo de olhar para dentro ou mesmo a sua volta.  Tudo passa despercebido, todo dia o caminho é igual, os pensamentos os mesmos.

Mas, e se através de uma intervenção urbana pudéssemos perceber que o imprevisível pode nos levar a um lugar mais interessante?A idéia consiste na aplicação de adesivos nas placas de “PARE” proporcionando momentos de reflexão nessa pausa tão rara na nossa rotina.

A ação é puramente artística e em nenhum momento tivemos a intenção de depredar ou prejudicar a sinalização do trânsito.  Nos responsabilizamos pela retirada dos adesivos após 4 semanas, e caso alguém se sinta prejudicado nesse período, entre em contato pelo e-mail abaixo que o adesivo será retirado o mais breve possível.
E-mail de contato: projetopareportoalegre@gmail.com'
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Depois de ter dado uma percorrida por alguns espaços virtuais entre blogs e sites me deparei com uma ideia super interessante chamada Projeto Pare. Achei o projeto bem bacana e a iniciativa super fofa é do casal de namorados Marcel Maineri e Julie Bazacas, lá de Porto Alegre. Além de ser uma intervenção singela, porém criativa, propõe mais uma boa alternativa para tornar o trânsito um pouco menos duro e a vida um tanto mais suave ;)

Ah, sim! Também serve para estimular quem precisa se deparar de uma vez por todas com um ou outro 'Pare'!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

cortem as cabeças!









Bicho de sete cabeças 

Não dá pé
Não tem pé, nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez ter feito
O que você me fez desapareça
Cresça e desapareça...

Não tem dó no peito
Não tem jeito
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada
Eu não fiz nada disso
E você fez
Um Bicho de Sete Cabeças...

Não dá pé
Não tem pé, nem cabeça
Não tem ninguém que mereça (Não tem ninguém que mereça)
Não tem coração que esqueça (Não tem pé, não tem cabeça)
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito (Não dá pé, não é direito)
Não tem nem talvez ter feito (Não foi nada, eu não fiz nada disso)
O que você me fez desapareça (E você fez um)
Cresça e desapareça... (Bicho de Sete Cabeças)

Bicho de Sete Cabeças!
Bicho de Sete Cabeças!
Bicho de Sete Cabeças!


AZEVEDO, Geraldo
RAMALHO, Zé
ROCHA, Renato

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Há quem diga que monstros semi-humanos, criaturas fantasmagóricas e bichos de não sei quantas cabeças gostam mesmo é de habitar os bosques. Definitivamente eu não gosto de bosques. Apesar de aparentemente encantadores, são enfadonhos, superficialmente acolhedores, monótonos e quase incapazes de nos revelar surpresas agradáveis. Por ter o potencial de nos fazer revistar nossos fragmentos mais obscuros, os bosques também costumam ser abrigo ou destino dos espectros dos nossos desejos que ficaram para trás - de tão incoerentes e obsoletos que nos transparecem - a partir do momento que somos capazes de enxergar algum horizonte através de um feixe maior de clareza. 
Uma ode à degola dos bichos de poucas e muitas cabeças, ode aos seus destinos fadados ao esquecimento (diretamente da escuridão dos bosques)! Aberrações, fantasmas e assombrações: estão autorizados a ficar...bem longe de onde eu estiver... lá no bosque.